DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

O que é um blog? Sabe, ainda não descobri por inteiro... Escrevo aqui quando estou inspirado, meio bêbado ou quando não estou fazendo nada... Tento ser sério e não falo nada útil... Tento ser engraçado, e acabo sendo sem-graça... É, acho que ainda tenho alguns problemas aqui... Mas, quem sabe a prática não ajude? O fato é que aqui falo muito de mim... Quase não falo de outras coisas, até porque, dentro do meu "egoísmo cotidiano", me sinto um tanto quanto deslocado... E quem sabe aqui, não consigo me decifrar melhor, entender o que acontece tanto no mundo real quanto no virtual? O que é um blog mesmo?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Run to the Rio Parte V – Constrangimentos no mundo paralelo

Para mim, Ilha Grande é um mundo paralelo, pois é um lugar muito bom para estar no meio de tanta porcaria que temos no nosso dia-a-dia... Mas, como constranger é uma arte, não poderíamos passar essa viagem sem os constrangimentos de praxe...









1º Primeira refeição em Ilha Grande, numa pizzaria (eles comem pizza com catchup, que droga!!!) grande, no centrinho da cidade. Primeiro, o atendimento foi uma merda. Eu e o Brunão loucos para mandar ver num rodízio de carne, e o churrasqueiro foi embora!!! Como assim? Bom, vai de pizza mesmo... Depois, um cheiro maravilhoso de cadáver começou a tomar conta de nossos narizes, e depois de muito reclamar, além das piadinhas, percebemos que estávamos perto da fossa da pizzaria... Ai entendemos porquê do atendimento exemplar... Pra encerrar, estava lá eu, deliciando minha maravilhosa pizza, quando, não mais que de repente, um cachorro que perambulava pelo restaurante quase entra debaixo do meu braço e por pouco não dá uma mordida no pedaço de pizza no meu prato!!! Ah, Judeu, deu bobeira...











2º Praia Lopes Mendes, sol maravilhoso (estou descascando até agora), praia linda, Brunão, Helder e Dani (um amigo muito gente boa do Helder que estava conosco no camping) na água, eu na areia, ouvindo minha música, brisando com a paisagem, namorada do Dani tomando sol, quando, de repente, ela olha para a água e vê três, “meninas” próximas dos “garanhões”... Eis que, num pulo, ela se levanta e vai para a beira da praia, e tal como um maestro, começa a acenar para o namorado, tentando lhe chamar a atenção. Sem resposta, veio em minha direção, bufando. Eu, muito educado, tirei um dos fones, dei um sorriso e esperei uma resposta. Ela, puta da vida, passou por mim falando um monte de asneiras sobre como os homens são escrotos e coisas do tipo, pegou o maço de cigarro e voltou para a beira da praia, onde ficou sentada, fumando, no aguardo dos “meninos”... No retorno, nossa amiga despejou: “Você acha que sou palhaça? Você e seus amigos lá, com aquelas vagabundas, bem na minha frente! Eu sou otária?” E o Helder, na tentativa de ajudar o amigo em perigo, me manda: “Ai, otária também não, né...”










3º Véspera de ano novo, um puta cruzeiro ancora perto da ilha, e toda aquela cambada de burguês invade o paraíso... Bom, vamos lá, bora ver a Babilônia... Os velhos tirando fotos, bebendo como porcos, a mulherada... De repente, uma morena fantástica aparece, de biquini rosa, um espetáculo!!! Todo mundo olhando, ela para a ilha!!! E acompanhada de um gringo zuado!!! Mas, por que ela anda atrás dele? Por que ele não pega na mão dela? Imaginem, aquele mulherão com um frango daquele... Bom, paga quem pode, e precisa...












4º Noite de passagem de ano, fizemos amizade com um pessoal de São José dos Campos, nossos vizinhos de barraca (quatro meninas e um cara, o Ewerton), começamos a tomar uma tequila com eles (bom, só o Brunão, eu sabia que se eu tomasse, ia dar merda), e o mano Ewerton começando a dar vexame, oferecendo suas amigas pra todo mundo no camping, constrangendo elas, nós e o resto do camping... Bom, saímos pra comemorar o ano novo, bebemos, nos divertimos, e ao voltar, começamos a ouvir um ruído estranho, vindo da barraca do mano Ewerton... O cara pegou uma das amigas dele, que ficou muito louca de tequila, e deu um “senhor trato” na menina!!! Foi tão absurdo que o camping inteiro ouviu!!! Ah, família brasileira... E pior: eram MEUS vizinhos de barraca!!! Dormir, pra quê? Ouvir tudo, desde gemidos, berros, choros (sim, ela chorou) e frases do tipo: “Ewerton, já falei que não gosto de dedo!”, ou “Não quero mais, você é muito grande! Por isso que não gosto de negro!” foi demais!!! Mas o pior da noite foi a discussão de ir ou não para o funk que tava rolando na praça... Ela encheu tanto o saco do cara que teve uma hora que nem eu agüentei, e falei: “Porra Ewerton, leva logo essa mina pra porra do funk, não custa nada!!!” É amigos, constranger é uma arte!!!

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