Passada uma semana, o Paraíso iria começar a se transformar em um inferno... A saudade de casa e o marasmo iria nos consumir! Era preciso sair dali para não estragar a perfeição! Decisão tomada, iríamos pegar nossas coisas e ir embora... Brunão e Helder de volta para São Paulo, e eu, rumo a mais uma viagem: ah, Rio de Janeiro...
Tempo record em desmontagem de barracas, despedidas de praxe, fila para entrar no barco, coca-cola pra limpar o estômago da cachaçada do dia anterior (velho, fiquei a um passo de fazer merda a noite inteira), milhões de bolsas nos braços... E lá estávamos nós, dando um “até logo” para Ilha Grande.
Chegando em Angra (aquela cidade feia pra cacete), uma espera monstra pelo carro do Helder, últimos acertos, rodoviária... E lá estava eu, sozinho, com minhas mochilas, os caras indo embora, e o Rio de Janeiro me esperando... Três horas de viagem, muita coisa passando pela cabeça, e as primeiras impressões do Rio nada boas...
Ao descer na rodoviária, um medo animal me invadiu... Eu não fazia idéia de onde eu estava!!! Ligações pra São Paulo, banco, e uma banca de revistas para comprar um mapa da cidade... Sentei em um banco da rodoviária, abri o mapa e a grande revelação me atingiu: não fazia a mínima noção de onde eu estava!!! Aquele antigo medo se transformou em desespero!!! Como assim, onde eu estava???
Ainda bem que a única pessoa de boa vontade no Rio sentou ao meu lado e me ajudou a me localizar, a ter idéias de como chegar no albergue onde ia ficar, a me mover pelo Rio... Mais um obrigado, este virtual, a bondosa senhora carioca que me ajudou...
Aos poucos, comecei a me localizar no Rio, e comecei a me encantar com a cidade... O metrô é animal, funciona muito bem, o centro é muito bonito (para um historiador como eu, é fantástico), a zona sul é um lugar muito tranqüilo... Sabe, acho que me apaixonei por esta cidade...
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