DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

O que é um blog? Sabe, ainda não descobri por inteiro... Escrevo aqui quando estou inspirado, meio bêbado ou quando não estou fazendo nada... Tento ser sério e não falo nada útil... Tento ser engraçado, e acabo sendo sem-graça... É, acho que ainda tenho alguns problemas aqui... Mas, quem sabe a prática não ajude? O fato é que aqui falo muito de mim... Quase não falo de outras coisas, até porque, dentro do meu "egoísmo cotidiano", me sinto um tanto quanto deslocado... E quem sabe aqui, não consigo me decifrar melhor, entender o que acontece tanto no mundo real quanto no virtual? O que é um blog mesmo?

domingo, 31 de maio de 2009

Conversas, trilhas e rumos

- Passaporte? Não, não precisa...
- O RG? Pode deixar, vou colocar ele em dia...
- Sim, está certo, não vai furar, todo mês estará lá, na sua conta (acretitou, hehehehe)...
- Ah, cuidado com a bagagem... 23 ou 24 quilos, eu acho... Depois eu vejo...
- Blusas, cachecol, toca... Mas não exagera, cáspita!!!
- Claro, o vinho vai dar uma aquecida...
- Ainda estou vendo um roteiro, mas o lugar para ficar já está meio que definido...
- Lógico, não quero ficar longe do que está acontecendo...
- Dormir?! Tá de brincadeira...
- Meu, pensando assim, é pouco tempo, mas pensando nas coisas que vão rolar...
- Ah, meu, é tempo pra caramba!!!
- O medo é até não ter mais o que fazer...
- Ah, com certeza, lá se arranja...
- Pena que não dá pra dar uma passada lá... Mas ele entendeu, não é por mal...
- Dei um toque que vou lá numa próxima, oportunidades não vão faltar...
- É verdade, ele está ocupado... hehehehe
- Ela?! Nossa, tá vibrando!!!
- Era tudo que ela queria!!!
- Super orgulhosa...
- Ah, contando os dias...
- Quando não estou muito ocupado, é só no que penso...
- Ah, pode deixar que te deixo a par de tudo, cada passo, cada coisa...
- Bom, deixa eu ir nessa...
- Valeu...
- Abração!!!

Saturday night live

Estive pensando um pouco nas últimas postagens deste blog...
Pensando sobre minhas palavras, e no que estava pensando quando as escrevi...
E percebo o quanto a impulsividade ainda move comigo...
Porém, uma impoulsividade consciente, sem deixar apenas a raiva, a arrogância, ou outros sentimentos similares dominar minha fala...
Sim, pois tenho plena consciência do que falo, do que quero, e domino aquilo que penso...
Posso pensar muitas coisas inúteis, em um primeiro momento, mas que aos poucos ganham forma, tomam corpo, ganham conteúdo...
Minhas ações são sempre muito bem direcionadas... Tive de aprender a fazer isso, depois de tanta coisa ruim que me aconteceu, e que acabei fazendo para outras pessoas... Direta ou indiretamente...
Creio escrever aqui como uma forma de apenas praticar uma reflexão "falada", com um objetivo pré-determinado, porém interiorizado e guardado apenas para mim, mesmo sendo a internet um lugar "público" (aqui, a confusão entre o público e o privado é muito grande)...
Porém existe uma coisa na internet que me incomoda muito: o anonimato!!!
Ainda sou do tempo de que pessoas, para conversar com outras pessoas, estavam frente a frente, observando a fala, para que palavras não fossem somente palavras, e que a sua "interpretação" não corressem tantos riscos...
Sim, pois aqui nós não podemos ter a completa noção da dose de ironia, sarcasmo, entre outros atibutos da comunicação mais "direta"...
Ainda estou aprendendo a mexer com essa ferramenta, mas sei exatamente o que quero dela, e o que quero falar "com ela"...

Bom, apenas um reflexo de uma tarde estressante de arrumação de softwares de música, fotos, office que não funciona... Mas de um bendito iTunes, que me poupou, ao menos, um século de trabalho na identificação de, pelo menos, umas mil músicas!!!

Grande abraço a todos, continuem sintonizados, e preparem-se... Estou começando a ficar cada vez mais viciado!!!

O autor

sábado, 30 de maio de 2009

Carta aberta aos anonimos do meu Brasil varonil

Ao fazerem comentários sobre meus post's, tenham em mente o texto logo abaixo do "Decifra-te ou devoro-te", pois coisas deste blog podem ser fantasiosas... Ou não...
Ao participar do meu dia-a-dia, é possível entender o porquê de minha fala subjetivamente objetiva neste blog. A vontade não é desmascarar tudo exatamente como acontece, e sim apenas refletir sobre coisas que passam pela cabeça, não sendo necessariamente tudo parte do real, ou do consciente... Muitas vezes, o sub-consciente age, e eu deixo ele agir, pois me divirto com ele...
Racionalizo romanticamente, independente da beleza do que está escrito, ou da aprovação de outros! Cazuza, Edith Piaf, entre outros... Até Pearl Jam pode ser cliche e romântico... Mas, e se eu não quiser? Pode não ser também...
Nego, desconstruo, para depois reconstruir, a meu bel prazer... Posso e consigo fazer isso sem nenhum problema, com toda a "arrogância" do mundo!!!
E eu não sei dançar... Mas existem sempre pessoas interessadas em me ensinar, mas só danço com quem eu conheço!!!
Não acompanhem meu blog para aprovar ou desaprovar o que faço ou penso. Leia, se for de seu interesse, e, se puder, faça comentários decentes, e não uma leitura "horoscopária" do escrito... Não quero tratar com advinhos(as), nem coisa do tipo...

Atenciosamente

O autor

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dança comigo

Pois é...
Alguns pontos (ou seriam pintas?) me deixam intrigado...
Encontros e desencontros sempre foram comuns na minha vida... Que inclusive poderia se resumir a eles!!! O futebol é um deles... A fuga e o reencontro, como uma criança aflita, que encontra o seu mais adorado brinquedo, é um bom exemplo. Procurei me afastar, mas quanto mais eu me afastei, mais desesperado eu ficava atrás dele, tentando resgatar o mundo deliciosamente improvável da pelota. Assim foi sempre com amigos, com músicas, com família... E acabou sendo com você, mocinha...
Nunca dividimos muitas idéias fora faculdade e futebol, e não me recordo de ter dividido uma cerveja antes de minha proposta de ajuda no seu estágio... Apenas uns papos rápidos, uma troca de telefone, um “vamos combinar”... Mas isso, até o estágio...
Sabe como é, uma coisa puxa outra, um estágio, uma cerveja, um bom papo, idéias interessantes... E ai vai um olhar, um sorriso, uma mexida no cabelo... E daí o canto da sereia foi pegando, devagarzinho... Foi pensando em cada pontinho no rosto... E como seria bom vê-los de perto, de talvez até senti-los, de imaginá-los como estrelas do universo, poder tocá-los... Os céus em minhas mãos, em meu rosto, em minha boca...
Inicialmente, nada muito romântico e elaborado... Uma cerveja, que mal pode haver? Um bom papo, qual o perigo? Sentir a mão dela, algo tão suave... Um beijo, que gravidade pode ter? Mais um, por que não? E mais um, e mais um, e mais um... Tudo isso muito bem fundamentado, conversado, argumentado porquê, sentido e exposto nas falas, nos olhares, nas sensações... Sem romantismo tosco e barato!!! Talvez o romantismo esteja no pensar sobre... No refletir sobre o conversado, sobre o feito, sobre o... A... Ah, sabe-se lá o porquê, mas pensar leva a romantizar.
Interessante pensar sobre tais coisas... A intensidade de tudo talvez tenha sido o grande catalisador... E, como dito por vossa senhoria, “vocês [homens] só começam a ficar interessantes com essa [a minha] idade”... Talvez o tempo fosse o combustível ideal para que trajetórias fossem traçadas, histórias fossem vividas, idéias fossem condensadas, e o reencontro fosse não “apenas” o coleguismo de faculdade, e sim a possibilidade do conhecer, a oportunidade do sentir, o horizonte aberto a novos e intrigantes caminhos...
Difícil pensar nestas coisas... Ainda mais ao ter consciência da estressante rotina de, muitas vezes, não ter rotina... Ou a ter em excesso!!! De finais de semana e madrugadas serem transformadas em horário normal de trabalho, de trocas de dias pelas noites. Mas um sorriso, uma mesa de bar, um problema a se resolver (e resolvido, como as coisas a se escrever para o seu estágio), ou uma “simples” noite em uma quadra de futebol society podem transformar tudo isso em algo deliciosamente mundano perto de um sorriso, um beijo, e um “nossa, que bacana que você veio”... Isso marca, isso conquista.
Mocinha do rosto estrelado, do sorriso fácil e maroto, do papo profundamente conquistador na sua simplicidade, você me fez ter vontade de repensar, de rever coisas que ficaram para trás, que estavam aguardando a “senha” para, quem sabe um dia, voltarem a ser prioridade na minha vida. Como diria o poeta Cazuza “eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida”... Sossegado, mas ao mesmo tempo um desassossego desses, que vem, e que não querem ir, de jeito maneira!!! Você me concede esta dança?

Homem: o macaco que deu errado...

Como fazer para acertar sempre? Cometer erros é muito fácil, mas acertar...
Não vou me deter muito nisso, até pela hora, pelo álcool e por inúmeros outros acontecimentos... Mas o erro nos consome demais!!! O acero, bom o acerto é mais uma coisa na nossa vida, algo que se deixar, passa desapercebido... Mas o erro... Ah, este é fatal!!!
Ainda bem que a vida nos dá condições de corrigir os eros, de tentar arrumar aquilo que de mal você faz...
Ah, e quer saber: não me deram a receita mesmo, então, vou errar mesmo!!! Não errar por errar, mas vou tentar acertar... Eu sou assim mesmo, tento acertar, e até acerto pra caramba, mas vou errar...
Peço desculpas antecipadas, e tenham certeza que não fiz por mal...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A novidade

A novidade é uma coisa que assombra, as vezes... Te dá uma sensação maluca, um frio na barriga, faz as pupilas dilatarem... Mas, ao pensar sobre essa novidade, o sentimento começa a mudar... A sensação de embrulho do estômago é latente, o questionamento sobre o certo e errado, inevitável... Qual rumo tomar? Por que cometer os mesmos erros? Ah, vai ser bom, vale a pena...
Fazer coisas novas te dá uma sensação de liberdade, de potência... "Sim, eu posso!!! Posso o que eu quiser!!!" Mas também trás as suas consequências, de arcar com o imprevisível, o imponderável... Como solucionar os problemas que não foram previstos, as sensações das quais não estávamos preparados para sofrer?

A novidade veio dar a praia
Na qualidade rara de sereia
Metade o busto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Um paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia
O mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
O, o, o, o...
De um lado esse carnaval
De outro a fome total
O, o, o, o...
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Ô Mundo tão desigual...
A Novidade era o máximo...
Ô Mundo tão desigual...

E me questionam: E a poesia? Bom, deixe-a para os poetas e os românticos, pois dela se nutrem para sua vida... Sou mais afeito à realidade, ao tangível. Amo sim, mas simplesmente, racionalmente. Não tenho mais fôlego nem espírito para rompantes de paixão maluca e insandecida, própria da poesia. Para mim, existe uma pedra no meio do caminho...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Aviso aos navegantes (eu e talvez alguém que leia isso...)

Estava no meio de uma história. Uma viagem, que deu novo gás, novo espírito. Decretei o fim dela, antes mesmo de seu fim. Os rascunhos foram perdidos, junto com fotos e sensações, na queda de um aparelho que deveria significar a segurança de arquivos "virtuais" (pobre paradoxo)... Reviver tal história, após tanto tempo e coisa transpassada, é fazê-lo sem o devido frescor das sensações vividas e experimentadas. Logo, é finito!!!
Navegantes, muita água rolou, porém a vontade não era tanta a fim de convencer-me de relatar este período transcorrido... Viver foi intenso, descansar idem, porém o "descompromisso" com "isto" foi maior, a ponto de criar uma barreira na escrita... Foram precisas novas sensações, novos impulsos e novos "problemas a serem resolvidos" os geradores de novo rompante de escrita.
Um retorno definitivo?! Não creio... Uma necessidade impulsiva, mas sem uma determinação?! Provável... Apenas uma coisa é certa: talvez, definitivamente, esta não seja a minha praia, e vir até ela "tomar um sol" não seja uma coisa eterna, e sim talvez uma carência momentânia, que vai e vem, assim como as ondas do mar...

O tudo e o nada...

Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, a rotina, a preguiça... Nada de diferente, sempre as mesmas coisas, as mesmas pessoas, os mesmos lugares, as mesmas ações...
Pois é, a vida segue caminhos que nos deixam com o gosto de um déjà vu interminável, insáciável... Bom ou ruim? Segurança ou rotina? Questões que povoam a mente de um pobre funcionário público, dentro do coletivo, a caminho ou no retorno de seu "ganha-pão", ou em uma viagem qualquer, para uma periferia ou outro lugar qualquer, ou ainda na frente da tela de um computador, ou por fim, no leito de sua cama... Dúvidas que deveriam fazer agir, e que até faz, mas que muitas vezes apenas fazem pensar, rememorar, sonhar...
Vida dual, com rompantes de alegria-triste, e de depressões-felizes... Pensar, agir, sorrir, flertar... Com o maravilhoso, e ao mesmo tempo, com o exato...

Baby, compra o jornal
E vem ver o sol
Ele continua a brilhar
Apesar de tanta barbaridade...

Baby escuta o galo cantar
A aurora de nossos tempos
Não é hora de chorar
Amanheceu o pensamento...

O poeta está vivo
Com seus moinhos de vento
A impulsionar
A grande roda da história...

Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de ventos...

Se você não pode ser forte
Seja pelo menos humana
Quando o papa e seu rebanho chegar
Não tenha pena...

Todo mundo é parecido
Quando sente dor
Mas nu e só ao meio dia
Só quem está pronto pro amor...

O poeta não morreu
Foi ao inferno e voltou
Conheceu os jardins do Éden
E nos contou...

Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de ventos...(2x)

Ahannn ahannn ahannn!

O poeta não morreu
Foi ao inferno e voltou
Conheceu os jardins do Éden
E nos contou...

Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de ventos...(2x)

Ahannn ahannn ahannn!

(Dedicado a mente conflituosa do autor, embaralhado com diversos "pontos"...)