DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

O que é um blog? Sabe, ainda não descobri por inteiro... Escrevo aqui quando estou inspirado, meio bêbado ou quando não estou fazendo nada... Tento ser sério e não falo nada útil... Tento ser engraçado, e acabo sendo sem-graça... É, acho que ainda tenho alguns problemas aqui... Mas, quem sabe a prática não ajude? O fato é que aqui falo muito de mim... Quase não falo de outras coisas, até porque, dentro do meu "egoísmo cotidiano", me sinto um tanto quanto deslocado... E quem sabe aqui, não consigo me decifrar melhor, entender o que acontece tanto no mundo real quanto no virtual? O que é um blog mesmo?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Parte IX – Cervejas e reflexões




No Rio, tal como em Ilha Grande, pude ter tempo para boas reflexões sobre muitas coisas... E, em boa parte delas, estava acompanhado de amigos e “algumas” cervejas. Em várias dessas reflexões, compartilhei com as pessoas diversas idéias, propostas, coisas a serem feitas, e pensamos sobre nossas vidas, o caminho que elas estão tomando a partir de nossas ações... É bom poder trocar idéias com pessoas centradas, que aparentam não ser pessoas sérias, mas que sabem dividir a personagem do dia-a-dia da pessoa que pensa e age em prol de conquistas na sua vida.
Conversamos sobre o “saudosismo” proporcionado pelos nossos áureos tempos de faculdade, e da forma que notamos como alguns de nossos amigos não conseguem se desligar da “turma” da faculdade, da universidade. Sim, é sempre muito bom estar entre amigos, compartilhar coisas bacanas, mas é necessário andar com suas próprias pernas, fazer coisas para sua própria vida, ou seja, viver de verdade. Embora aproveitar o tempo de faculdade seja viver sua vida, um dia a coisa tem de terminar, e temos que virar “adultos”, e elaborar uma vida séria, indo atrás dos seus objetivos. Outro tema de nossas conversas de mesa de bar foi o que deixaremos como “herança” de nossa passagem pela vida. Sem enfoques religiosos, toda a discussão anterior nos fez pensar: o que eu vou ter realizado até o fim da vida? E daí, construir uma vida, ter a companhia de alguém, passar ensinamentos a sua prole, tudo isso foi abordado... Será que esse é o caminho? Mas, também, por outro lado, seria muito pequeno ter uma vida inteira pela frente para nada realizar... Seja lá o que for ser feito, o importante é ter a sensação de ter realizado algo de útil, seja para si mesmo, para alguém que lhe acompanhe durante a vida, para seus filhos, ou para a sociedade. Não realizar nada é jogar a vida fora, e ter essa sensação ao final da vida, creio ser uma das piores decepções para qualquer ser humano...
Depois de toda essa conversa, ao mesmo tempo que minha alma se acalmou por conta de saber que estou, novamente, trilhando pelo caminho certo, meu espírito tomou uma injeção de adrenalina, pois eu queria mais!!! Mais viagens, mais momentos como estes, mais possibilidades de crescer!!! E ver amigos fora do país, alcançando coisas inimagináveis, e ter aquela “inveja” de todos que tem essa oportunidade... Bom, aos poucos vou me libertando, e alcançando meus objetivos, realizando meus sonhos... Opa, a cerveja acabou. Garçom!!!

Parte VIII – Praia, chuva, orelhões e a Lapa




Chegando no albergue (muito bem recebido, diga-se de passagem), deixei minhas tranqueiras na minha cama e fui, claro, para a praia. Fiquei muito bem localizado, na Rua Toneleros (vamos lá, historiadores, qual a importância desta rua?), muito próximo a praia de Copacabana. Praia “bonita”, gente bonita, estrangeiro pra caramba... Mas eu não fui pro Rio pra ficar nas praias (já tinha passado uma semana em praias muito mais bonitas que qualquer uma do Rio), e sim conhecer a cidade... Armado de minha máquina fotográfica, lá fui eu comer alguma coisa, elaborar um roteiro, andar pelo calçadão (mais uma coisa fantástica do Rio) e conhecer um pouco da Avenida Atlântica (que beira a praia de Copacabana)... Chegando ao Forte de Copacabana, mais algumas fotos, e rumo a próxima praia, do Leme... Mas chegando lá, qual não é a minha surpresa quando começa a chover!!! Sim, a chover!!! Qual a chance de você estar no Rio, conhecendo a cidade, andando nas praias da zona sul e, não mais que de repente, começar a chover??? E que chuva, mermão... Pois é, fazer o que...




















Daí, lembrei de um amigo que estava no Rio, e que poderia ser uma boa companhia, além de umas boas dicas do que fazer no Rio... Mas uma coisa posso dizer: se estiver no Rio, nunca dependa de um telefone público!!! De uns 20 que eu tentei usar, apenas 1 funcionou... Orelhões de merda, quase me arrebentaram!!!









Bom, ao menos um deles funcionou, entrei em contato com o dr. Victor Hugo, e fechamos nosso destino para a noite de sexta-feira: a Lapa, point da boemia carioca.












Posso falar pra vocês que a Lapa ferve a noite!!! Um lugar muito descolado, com muita gente bonita, e que me impressionou logo ao chegar. Com botecos muito bacanas, e o melhor: com preços acessíveis!!! Minha primeira noite no Rio quebrou todo o medo e desespero da chegada, tudo aquilo que passava na minha cabeça de que não tinha sido uma boa idéia a de ter ido para o Rio, pois iria ficar sozinho, num lugar que não liga a mínima pra quem é de fora, principalmente pra quem fala “porrrta”... Sim, eu adorei o Rio!!!






Parte VII - O Rio de Janeiro continua lindo...

Passada uma semana, o Paraíso iria começar a se transformar em um inferno... A saudade de casa e o marasmo iria nos consumir! Era preciso sair dali para não estragar a perfeição! Decisão tomada, iríamos pegar nossas coisas e ir embora... Brunão e Helder de volta para São Paulo, e eu, rumo a mais uma viagem: ah, Rio de Janeiro...







Tempo record em desmontagem de barracas, despedidas de praxe, fila para entrar no barco, coca-cola pra limpar o estômago da cachaçada do dia anterior (velho, fiquei a um passo de fazer merda a noite inteira), milhões de bolsas nos braços... E lá estávamos nós, dando um “até logo” para Ilha Grande.






Chegando em Angra (aquela cidade feia pra cacete), uma espera monstra pelo carro do Helder, últimos acertos, rodoviária... E lá estava eu, sozinho, com minhas mochilas, os caras indo embora, e o Rio de Janeiro me esperando... Três horas de viagem, muita coisa passando pela cabeça, e as primeiras impressões do Rio nada boas...








Ao descer na rodoviária, um medo animal me invadiu... Eu não fazia idéia de onde eu estava!!! Ligações pra São Paulo, banco, e uma banca de revistas para comprar um mapa da cidade... Sentei em um banco da rodoviária, abri o mapa e a grande revelação me atingiu: não fazia a mínima noção de onde eu estava!!! Aquele antigo medo se transformou em desespero!!! Como assim, onde eu estava???









Ainda bem que a única pessoa de boa vontade no Rio sentou ao meu lado e me ajudou a me localizar, a ter idéias de como chegar no albergue onde ia ficar, a me mover pelo Rio... Mais um obrigado, este virtual, a bondosa senhora carioca que me ajudou...








Aos poucos, comecei a me localizar no Rio, e comecei a me encantar com a cidade... O metrô é animal, funciona muito bem, o centro é muito bonito (para um historiador como eu, é fantástico), a zona sul é um lugar muito tranqüilo... Sabe, acho que me apaixonei por esta cidade...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Run to the Rio Parte VI – Los três amigos



Três caras, um carro, muitas bolsas,um sentimento de amor em comum pela faculdade que estudaram, muitas histórias, e uma vontade imensa de “descansar”. Isso uniu este que vos fala, Bruno Brando Balazs, o Brunão e Helder Lange Tiso numa viagem que, aos poucos está sendo narrada. O merecido (?) descanso nos aguardava. Uma viagem fantástica, imagens que ficarão gravadas pelo resto de nossas vidas, muitos momentos de reflexão...







Poderia dizer que foi a melhor viagem de todos os tempos, que fizemos e acontecemos, e tudo mais... Mas não foi... Foi sim uma viagem maravilhosa, que ficará na memória, mas os melhores momentos, posso dizer que foram mais de silêncio do que de “ações”. Fizemos muitas coisas, conversamos, bebemos, comemos bem... Mas posso dizer que nos momentos de introspecção é que vinha a certeza de que tinha valido a pena cada momento da viagem. A tranqüilidade de poder pensar na sua vida, no que representava essa viagem pra tudo o que aconteceu e acontece, rever coisas que ficaram guardadas lá no passado (e poder compartilhar com os amigos), e o melhor de tudo, pensar nas coisas que podem e devem ser feitas daqui pra frente, com sensatez e calma em cada passo. Acho que posso dizer que a viagem ajudou no amadurecimento, na reflexão. Troquei uma maluquice por uma tranqüilidade. Neste momento, talvez tenha sido o mais adequado... Não desmerecendo a doidera, claro!!! Sou maluco por natureza, mas era preciso um pouco de paz e momentos de “solidão”.








Acho que a viagem foi boa para os três... Nossa amizade não será a melhor do mundo depois dessa viagem, até pela história de vida de cada um, as viagens já feitas... Mas posso dizer que foi divertido, foi interessante, e foi instigante a cada dia. Valeu Brunão, valeu Helder!!! Obrigado pelos ensinamentos, pela paciência, pelas risadas e pelas experiências!!!












Run to the Rio Parte V – Constrangimentos no mundo paralelo

Para mim, Ilha Grande é um mundo paralelo, pois é um lugar muito bom para estar no meio de tanta porcaria que temos no nosso dia-a-dia... Mas, como constranger é uma arte, não poderíamos passar essa viagem sem os constrangimentos de praxe...









1º Primeira refeição em Ilha Grande, numa pizzaria (eles comem pizza com catchup, que droga!!!) grande, no centrinho da cidade. Primeiro, o atendimento foi uma merda. Eu e o Brunão loucos para mandar ver num rodízio de carne, e o churrasqueiro foi embora!!! Como assim? Bom, vai de pizza mesmo... Depois, um cheiro maravilhoso de cadáver começou a tomar conta de nossos narizes, e depois de muito reclamar, além das piadinhas, percebemos que estávamos perto da fossa da pizzaria... Ai entendemos porquê do atendimento exemplar... Pra encerrar, estava lá eu, deliciando minha maravilhosa pizza, quando, não mais que de repente, um cachorro que perambulava pelo restaurante quase entra debaixo do meu braço e por pouco não dá uma mordida no pedaço de pizza no meu prato!!! Ah, Judeu, deu bobeira...











2º Praia Lopes Mendes, sol maravilhoso (estou descascando até agora), praia linda, Brunão, Helder e Dani (um amigo muito gente boa do Helder que estava conosco no camping) na água, eu na areia, ouvindo minha música, brisando com a paisagem, namorada do Dani tomando sol, quando, de repente, ela olha para a água e vê três, “meninas” próximas dos “garanhões”... Eis que, num pulo, ela se levanta e vai para a beira da praia, e tal como um maestro, começa a acenar para o namorado, tentando lhe chamar a atenção. Sem resposta, veio em minha direção, bufando. Eu, muito educado, tirei um dos fones, dei um sorriso e esperei uma resposta. Ela, puta da vida, passou por mim falando um monte de asneiras sobre como os homens são escrotos e coisas do tipo, pegou o maço de cigarro e voltou para a beira da praia, onde ficou sentada, fumando, no aguardo dos “meninos”... No retorno, nossa amiga despejou: “Você acha que sou palhaça? Você e seus amigos lá, com aquelas vagabundas, bem na minha frente! Eu sou otária?” E o Helder, na tentativa de ajudar o amigo em perigo, me manda: “Ai, otária também não, né...”










3º Véspera de ano novo, um puta cruzeiro ancora perto da ilha, e toda aquela cambada de burguês invade o paraíso... Bom, vamos lá, bora ver a Babilônia... Os velhos tirando fotos, bebendo como porcos, a mulherada... De repente, uma morena fantástica aparece, de biquini rosa, um espetáculo!!! Todo mundo olhando, ela para a ilha!!! E acompanhada de um gringo zuado!!! Mas, por que ela anda atrás dele? Por que ele não pega na mão dela? Imaginem, aquele mulherão com um frango daquele... Bom, paga quem pode, e precisa...












4º Noite de passagem de ano, fizemos amizade com um pessoal de São José dos Campos, nossos vizinhos de barraca (quatro meninas e um cara, o Ewerton), começamos a tomar uma tequila com eles (bom, só o Brunão, eu sabia que se eu tomasse, ia dar merda), e o mano Ewerton começando a dar vexame, oferecendo suas amigas pra todo mundo no camping, constrangendo elas, nós e o resto do camping... Bom, saímos pra comemorar o ano novo, bebemos, nos divertimos, e ao voltar, começamos a ouvir um ruído estranho, vindo da barraca do mano Ewerton... O cara pegou uma das amigas dele, que ficou muito louca de tequila, e deu um “senhor trato” na menina!!! Foi tão absurdo que o camping inteiro ouviu!!! Ah, família brasileira... E pior: eram MEUS vizinhos de barraca!!! Dormir, pra quê? Ouvir tudo, desde gemidos, berros, choros (sim, ela chorou) e frases do tipo: “Ewerton, já falei que não gosto de dedo!”, ou “Não quero mais, você é muito grande! Por isso que não gosto de negro!” foi demais!!! Mas o pior da noite foi a discussão de ir ou não para o funk que tava rolando na praça... Ela encheu tanto o saco do cara que teve uma hora que nem eu agüentei, e falei: “Porra Ewerton, leva logo essa mina pra porra do funk, não custa nada!!!” É amigos, constranger é uma arte!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Run to the Rio Parte IV – Imagens maravilhosas


Bom, poderia ficar aqui falando como o lugar é lindo, das belas praias, das belas mulheres... Bom, não vou perder tempo: olhem as fotos e tirem suas conclusões!!!

Alguns adendos:

1º Come-se muito bem na ilha, mas temporada é uma merda, pois tudo acaba ficando mais caro... Porém, existe um PF lá, perto do Rei do Camarão, que tem um preço extremamente justo, e o atendimento é personalizado, com o cara mais paciente que eu já vi na minha vida!!! O cara te atende bem, é honesto e parceiraço!!!

2º O lugar é tão fantástico que te leva a cometer alguns excessos financeiros e gastronômicos... Se for, faça um pezinho de meia, pois vale a pena gastar sem preocupação...

3º Na trilha que leva à Praia Preta, tem uma pedra enorme, com uma visão maravilhosa... Apelidamos a mesma de aeroporto... Não deixe de visitar este lugar!!!

4º Infelizmente o lugar mais bonito de Ilha Grande eu não fotografei, que é a praia de Lopes Mendes... Não deixe de ir, é fantástico!!!

5º Ah, o camarão, a lula, a cerveja... O pecado da carne está latente na Ilha Grande, e vale cada centavo a ser pago!!!

Run to the Rio Parte III – Um lugar do caralho!!!


Para se chegar ao Paraíso, primeiro temos que passar pelo Purgatório... Bom, essa é a melhor descrição de Angra dos Reis. Um lugar feio pra Diabo, e que te faz pensar que a Ilha Grande, nosso destino, é o lugar mais maravilhoso do mundo!!! Um porto apertado por vários morros, uma cidade suja, feia... Enfim, era “disso” que tínhamos que partir para o Paraíso... Uma viagem noturna de barco, minha primeira... Tranqüilo!!! E um visual que fez valer a pena as 7 horas de carro de São Paulo até Angra...


Chegando em Ilha Grande, bolsas demais, braços e força de menos, fomos nos equilibrando, um tentando ajudar o outro, quando, não mais que de repente, encontramos ele, o rei da floresta!!! Não, não é o fronha do leãozinho do filme, mas ele, Aloísio, o rei dos entorpecentes fefelechianos!!! Já naquele estadinho maravilhoso... Daí nos foi possível chegar à conclusão de que pessoas da FFLCH são como formigas, ou como motoboys... Tem em todos os lugares, e são umas pragas!!!

Passado este momento bizarro, lá fomos nós, na montagem de nossas barracas, fechamento de alguns formigueiros, e reconhecimento do local de estadia... Amigos, posso dizer que tudo me surpreendeu demais: a infra-estrutura do camping, a infra-estrutura e a beleza da ilha, as pessoas que lá estavam... Tudo apontando que esta passagem de ano seria uma coisa para ficar na memória...