DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

O que é um blog? Sabe, ainda não descobri por inteiro... Escrevo aqui quando estou inspirado, meio bêbado ou quando não estou fazendo nada... Tento ser sério e não falo nada útil... Tento ser engraçado, e acabo sendo sem-graça... É, acho que ainda tenho alguns problemas aqui... Mas, quem sabe a prática não ajude? O fato é que aqui falo muito de mim... Quase não falo de outras coisas, até porque, dentro do meu "egoísmo cotidiano", me sinto um tanto quanto deslocado... E quem sabe aqui, não consigo me decifrar melhor, entender o que acontece tanto no mundo real quanto no virtual? O que é um blog mesmo?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um domingo interminável

Este post foi uma das encomendas mais instigantes e trabalhosas dos últimos tempos! Difícil pensar e fazer, informações demais, algumas desencontradas devido o excesso de álcool das personagens... Entretanto, a saída deste foi dar apenas uma "sobrevoada" nos fatos relatados...
Pois bem... Preparem-se, leiam, e reflitam...


"Oi, linda

Durante todo o tempo que passamos juntos no domingo, tentei refletir sobre cada coisa que aconteceu. Juro que tentei até decorar umas falas da peça das meninas, mas depois de vocês terem destruido a peça delas, até fiquei com vergonha de repetir algo...

Valeu cada segundo que passamos juntos! Profundo, intenso, divertido. Pensei em escrever, mas vim pensando na volta que talvez alguém já tivesse escrito algo sobre tudo que rolou ontem. Daí peguei estas duas coisas:

É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
(Baudelair)


NÃO VÁ EMBORA

E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida

Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo

Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais

Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero

Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais


O melhor de tudo é que, diferente de muita gente que eu já conheci, nada é forçado, ou artificial. A conversa, os beijos, os abraços, as mãos dadas... Seja andando, sentados numa mesa de bar ou assistindo a peça das meninas. As coisas acontecem naturalmente, e isso é o que me dá mais vontade de estar contigo. Nossa, me lembrei de uma coisa:

"... Nenhum perguntou nada que se referisse ao passado, porque ainda não havia passado; ambos estavam no presente, as horas tinham parado, tão instantâneas e tão fixas, que pareciam haver sido ensaiadas na véspera para esta representação única e interminável. Todos os relógios da cidade e do mundo quebraram discretamente as cordas, e todos os relojoeiros trocaram de ofício. Adeus, velho lago de Lamartine! Evaristo e Mariana tinham ancorado no oceano dos tempos."

Sim, isso é inspirador... Vamos dividir esta inspiração?"

O autor, Baudelaire, Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Machado de Assis

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