DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

O que é um blog? Sabe, ainda não descobri por inteiro... Escrevo aqui quando estou inspirado, meio bêbado ou quando não estou fazendo nada... Tento ser sério e não falo nada útil... Tento ser engraçado, e acabo sendo sem-graça... É, acho que ainda tenho alguns problemas aqui... Mas, quem sabe a prática não ajude? O fato é que aqui falo muito de mim... Quase não falo de outras coisas, até porque, dentro do meu "egoísmo cotidiano", me sinto um tanto quanto deslocado... E quem sabe aqui, não consigo me decifrar melhor, entender o que acontece tanto no mundo real quanto no virtual? O que é um blog mesmo?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A novidade

A novidade é uma coisa que assombra, as vezes... Te dá uma sensação maluca, um frio na barriga, faz as pupilas dilatarem... Mas, ao pensar sobre essa novidade, o sentimento começa a mudar... A sensação de embrulho do estômago é latente, o questionamento sobre o certo e errado, inevitável... Qual rumo tomar? Por que cometer os mesmos erros? Ah, vai ser bom, vale a pena...
Fazer coisas novas te dá uma sensação de liberdade, de potência... "Sim, eu posso!!! Posso o que eu quiser!!!" Mas também trás as suas consequências, de arcar com o imprevisível, o imponderável... Como solucionar os problemas que não foram previstos, as sensações das quais não estávamos preparados para sofrer?

A novidade veio dar a praia
Na qualidade rara de sereia
Metade o busto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
A novidade era o máximo
Um paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia
O mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
O, o, o, o...
De um lado esse carnaval
De outro a fome total
O, o, o, o...
E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
Ô Mundo tão desigual...
A Novidade era o máximo...
Ô Mundo tão desigual...

E me questionam: E a poesia? Bom, deixe-a para os poetas e os românticos, pois dela se nutrem para sua vida... Sou mais afeito à realidade, ao tangível. Amo sim, mas simplesmente, racionalmente. Não tenho mais fôlego nem espírito para rompantes de paixão maluca e insandecida, própria da poesia. Para mim, existe uma pedra no meio do caminho...

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