DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

O que é um blog? Sabe, ainda não descobri por inteiro... Escrevo aqui quando estou inspirado, meio bêbado ou quando não estou fazendo nada... Tento ser sério e não falo nada útil... Tento ser engraçado, e acabo sendo sem-graça... É, acho que ainda tenho alguns problemas aqui... Mas, quem sabe a prática não ajude? O fato é que aqui falo muito de mim... Quase não falo de outras coisas, até porque, dentro do meu "egoísmo cotidiano", me sinto um tanto quanto deslocado... E quem sabe aqui, não consigo me decifrar melhor, entender o que acontece tanto no mundo real quanto no virtual? O que é um blog mesmo?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dança comigo

Pois é...
Alguns pontos (ou seriam pintas?) me deixam intrigado...
Encontros e desencontros sempre foram comuns na minha vida... Que inclusive poderia se resumir a eles!!! O futebol é um deles... A fuga e o reencontro, como uma criança aflita, que encontra o seu mais adorado brinquedo, é um bom exemplo. Procurei me afastar, mas quanto mais eu me afastei, mais desesperado eu ficava atrás dele, tentando resgatar o mundo deliciosamente improvável da pelota. Assim foi sempre com amigos, com músicas, com família... E acabou sendo com você, mocinha...
Nunca dividimos muitas idéias fora faculdade e futebol, e não me recordo de ter dividido uma cerveja antes de minha proposta de ajuda no seu estágio... Apenas uns papos rápidos, uma troca de telefone, um “vamos combinar”... Mas isso, até o estágio...
Sabe como é, uma coisa puxa outra, um estágio, uma cerveja, um bom papo, idéias interessantes... E ai vai um olhar, um sorriso, uma mexida no cabelo... E daí o canto da sereia foi pegando, devagarzinho... Foi pensando em cada pontinho no rosto... E como seria bom vê-los de perto, de talvez até senti-los, de imaginá-los como estrelas do universo, poder tocá-los... Os céus em minhas mãos, em meu rosto, em minha boca...
Inicialmente, nada muito romântico e elaborado... Uma cerveja, que mal pode haver? Um bom papo, qual o perigo? Sentir a mão dela, algo tão suave... Um beijo, que gravidade pode ter? Mais um, por que não? E mais um, e mais um, e mais um... Tudo isso muito bem fundamentado, conversado, argumentado porquê, sentido e exposto nas falas, nos olhares, nas sensações... Sem romantismo tosco e barato!!! Talvez o romantismo esteja no pensar sobre... No refletir sobre o conversado, sobre o feito, sobre o... A... Ah, sabe-se lá o porquê, mas pensar leva a romantizar.
Interessante pensar sobre tais coisas... A intensidade de tudo talvez tenha sido o grande catalisador... E, como dito por vossa senhoria, “vocês [homens] só começam a ficar interessantes com essa [a minha] idade”... Talvez o tempo fosse o combustível ideal para que trajetórias fossem traçadas, histórias fossem vividas, idéias fossem condensadas, e o reencontro fosse não “apenas” o coleguismo de faculdade, e sim a possibilidade do conhecer, a oportunidade do sentir, o horizonte aberto a novos e intrigantes caminhos...
Difícil pensar nestas coisas... Ainda mais ao ter consciência da estressante rotina de, muitas vezes, não ter rotina... Ou a ter em excesso!!! De finais de semana e madrugadas serem transformadas em horário normal de trabalho, de trocas de dias pelas noites. Mas um sorriso, uma mesa de bar, um problema a se resolver (e resolvido, como as coisas a se escrever para o seu estágio), ou uma “simples” noite em uma quadra de futebol society podem transformar tudo isso em algo deliciosamente mundano perto de um sorriso, um beijo, e um “nossa, que bacana que você veio”... Isso marca, isso conquista.
Mocinha do rosto estrelado, do sorriso fácil e maroto, do papo profundamente conquistador na sua simplicidade, você me fez ter vontade de repensar, de rever coisas que ficaram para trás, que estavam aguardando a “senha” para, quem sabe um dia, voltarem a ser prioridade na minha vida. Como diria o poeta Cazuza “eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida”... Sossegado, mas ao mesmo tempo um desassossego desses, que vem, e que não querem ir, de jeito maneira!!! Você me concede esta dança?

3 comentários:

Anônimo disse...

blá blá blá
essa coisa de afirmar que a relação (seja lá qual for) é racionalizada é bobagem. e é romantico sim, e é bonito sim, e eu fico feliz por vc sim, de verdade. vem dizer quer cazuza não é clichê e romantico?
não precisa negar algo pra viver outro.
e vai dançar que é bom!

Bruno "Judeu" disse...

???
Sr(a) Anonimo, ao fazer comentários sobre meus post's, tenha em mente o texto logo abaixo do "Decifra-te ou devoro-te", pois coisas deste blog podem ser fantasiosas... Ou não...
Se vossa senhoria participasse do meu dia-a-dia, entenderia o porquê de minha fala subjetivamente objetiva neste blog. A vontade não é desmascarar tudo exatamente como acontece, e sim apenas refletir sobre coisas que passam pela cabeça, não sendo necessariamente tudo parte do real, ou do consciente... Muitas vezes, o sub-consciente age, e eu deixo ele agir, pois me divirto com ele...
Racionalizo romanticamente, independente da beleza ou da aprovação de outros! Cazuza, Edith Piaf, entre outros... Até Pearl Jam pode ser cliche e romântico... Mas, e se eu não quiser? Pode não ser também...
Nego, desconstruo, para depois reconstruir, a meu bel prazer... Posso e consigo fazer isso sem nenhum problema, com toda a "arrogância" do mundo!!!
E eu não sei dançar... Mas existem sempre pessoas interessadas em me ensinar, mas só danço com quem eu conheço!!!
Não acompanhe meu blog para aprovar ou desaprovar o que faço ou penso. Leia, se for de seu interesse, e, se puder, faça comentários decentes, e não uma leitura "horoscopária" do escrito... Vossa senhoria não é advinho(a), nem coisa do tipo...

Atenciosamente

O autor

Anônimo disse...

Apaixonadoo ? Ilusão ou realidade?!
Interessante...