DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

O que é um blog? Sabe, ainda não descobri por inteiro... Escrevo aqui quando estou inspirado, meio bêbado ou quando não estou fazendo nada... Tento ser sério e não falo nada útil... Tento ser engraçado, e acabo sendo sem-graça... É, acho que ainda tenho alguns problemas aqui... Mas, quem sabe a prática não ajude? O fato é que aqui falo muito de mim... Quase não falo de outras coisas, até porque, dentro do meu "egoísmo cotidiano", me sinto um tanto quanto deslocado... E quem sabe aqui, não consigo me decifrar melhor, entender o que acontece tanto no mundo real quanto no virtual? O que é um blog mesmo?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A subversão do subvensor

Pensamentos e reflexões acerca de minha profissão...

A que ponto não chegamos a perversidade de vender a ilusão para pobres garotos e garotas, sem condições psicológicas, financeiras e familiares, de que com "algum estudo" eles vão "vencer na vida"?
Um amigo da faculdade me jogou uma questão no colo que foi interessante, e que ainda ecoa na minha cabeça: será que não somos apenas meros divulgadores e propagadores de uma ética e lógica capitalista, mesmo evocando aos quatro ventos que somos subversivos, e que estamos para fazê-los pensar, e blá blá blá? Pois exigimos silêncio, que respeitem o professor, que façam as lições, ou seja, tentamos a todo custo transformá-los em dóceis cordeirinhos, prontos a serem sugados pela máquina "adorável" e insáciável do capital. Será que é realmente possível uma subversão a partir (ou de dentro) do sistema?
Minha resposta foi a de tentar fazer a diferença para, nem que seja, pelo menos uma pessoa. Depois fiquei pensando nas duas coisas: a pergunta e a minha resposta. Eu realmente sempre acreditei nessa coisa de fazer a diferença, nem que seja para apenas uma pessoa. Sinto-me assim, inclusive. Por ter tido um F. D. P. lá no passado que encheu o saco, ou melhor, se esforçou para me ensinar algo, cá estou eu, formado (mais ou menos) pela USP, fazendo a segunda faculdade na mesma universidade em que milhares sonham um dia entrar, mas que poucos tem a capacidade de conseguir, com um emprego digno e garantido para o resto da vida... Mas, até que ponto eu apenas não me adequei ao sistema? Sim, pois agora persigo uma vida tranquila, a partir de um ideal burguês, de conquista material e de "acúmulo" cultural. Até que ponto o subversivo mantém seu ideal? Ou apenas se subverteu a uma posição de não-subversão? Que justifica suas ideias não com ações, mas apenas com teorias?
Ideias fixas deixando de sê-las... Pensamentos tomando movimento a partir da práxis... Interessante isso... To be continue

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